Sessão de Encontro com o Autor – Tema Livre


Código

P103

Área Técnica

Pesquisa Básica

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital do Servidor Publico Estadual de São Paulo

Autores

  • CLAUDIO ALVES DE ALBUQUERQUE (Interesse Comercial: NÃO)
  • Neusa Yurico Sakai Valente (Interesse Comercial: NÃO)
  • Myrna Serapião dos Santos (Interesse Comercial: NÃO)
  • Reginaldo Queiroz dos Santos Junior (Interesse Comercial: NÃO)
  • Bethania Cabral Cavalli Swiczar (Interesse Comercial: NÃO)
  • Rafael Lucena Queiroga (Interesse Comercial: NÃO)
  • Maria Emilia Xavier do Santos Araújo (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ESTUDO HISTOPATOLOGICO, IMUNOHISTOQUIMICO E DA IMUNOFLUORESCENCIA DA CONJUNTIVA EM PACIENTES COM ROSACEA

Objetivo

Analisar histologia, imunohistoquímica e imunofluorescência da conjuntiva de pacientes com rosácea.

Método

De 25 pacientes com diagnóstico de rosácea, em suas diversas formas de apresentação (rinofimatosa, pápulo-pustular, eritemato-telangiectásica e ocular) 10 foram aleatoriamente selecionados para realizar biópsia da conjuntiva bulbar. Nestes, foram realizados exames histopatológico com imunohistoquímica e imunofluorescência.

Resultado

Em 100% dos pacientes avaliados foi observado atividade inflamatória marcada por predomínio de CD4 em relação a CD8. Mastócitos foram evidenciados em toda a amostra em proporções distintas. As células "Natural Killers" diminuídas ou ausentes. Entre os dados de Imunofluorescência, verificou-se em 70% da amostra padrão de depósito linear de fibrinogênio (marcador de atividade inflamatória) na membrana basal do epitélio conjuntival. Também foi observado depósito de IgA, C3 e C1 na membrana basal em 22,2% da amostra. Depósitos de IgA, IgM e IgG no epitélio, periqueratócitos, foram observados em 50% da amostras. Estruturalmente, o tecido apresentou em totalidade dos casos edema e acantose, e, ainda, em parte da amostra queratinização do epitélio conjuntival.

Conclusão

Histologicamente verificou-se linfócitos T, com predomínio de CD4 em relação a CD8, raros macrófagos, mastócitos em quantidade variável, edema, acantose e discreta queratinização, sugerindo inflamação crônica. Observou-se depósito linear de imunocomplexos e fibrinogênio na membrana basal, um aspecto característico da reação de hipersensibilidade do tipo III, como no penfigóide ocular. A alta incidência de depósito linear de fribrinogênio na membrana basal, mesmo em pacientes sem sinais oculares de atividade inflamatória, sugere uma doença cicatricial crônica da superfície ocular cuja inflamação permanece ativa obstante sinais externos de doença.

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