Sessão de Encontro com o Autor – Tema Livre


Código

TL005

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade de São Paulo (USP)

Autores

  • JEAN VITOR DE AGUIAR LEDO COUTINHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • ROSÁLIA MARIA SIMÕES ANTUNES-FOSCHINI (Interesse Comercial: NÃO)
  • EDUARDO MELANI ROCHA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PACIENTES COM CERATOCONE PODEM VER EM 3D?

Objetivo

O ceratocone é uma ectasia corneana bilateral e assimétrica, cuja progressão acentua-se entre a 2ª e a 3ª décadas de vida. É frequente a diferença de acuidade visual (AV) entre os olhos, anisometropia e necessidade de correção óptica. Diante da relevância do tema, este estudo visa comparar os status motor e sensorial de pacientes com ceratocone.

Método

Pacientes com ceratocone (G1), confirmado pelo Pentacam, e do grupo controle (G2) tiveram suas melhores AV corrigidas com óculos medidas com tabela ETDRS e foram submetidos aos testes de cobertura simples (tropia) e alternada (foria) para longe; vidro estriado de Maddox (percepção simultânea); 6Δ de base inferior (fusão); régua de prismas (convergência fusional); e Titmus (estereopsia). A estatística foi feita com os testes t de Student para variáveis contínuas e Exato de Fisher para as categóricas.

Resultado

No G1, havia 54 pacientes (18,5 ± 0,9 anos de idade e relação homem:mulher de 27:27); e, no G2, 17 (21,8 ± 1,7 anos e relação h:m de 9:8) (p>0,05). Segundo a classificação ABCD, considerando os olhos com a pior AV; no G1, 4 pacientes (7%) foram A2; 7 (13%), A3; e 43 (80%), A4. No G2, 9 (53%) foram A0; 2 (12%), A1; e 6 (35%), A2. No G1, 8 (15%) pacientes tinham estrabismo (7 exotrópicos). Não houve diferença entre os grupos quanto a heteroforias, percepção simultânea, fusão ou convergência fusional (p>0,05). No G1, 43 (81%) tinham estereopsia de 100" ou pior; no G2, apenas 3 (18%) (p<0,05). Pacientes com ceratocone e AV no pior olho ≤ 0,2 tiveram mais exotropia (p = 0,0004), ausência de percepção simultânea (p=0,0002), ausência de fusão (p=0,0014) e estereopsia de 100" ou pior (p=0,049), enquanto aqueles com AV ≥ 0,8 no melhor olho tiveram maior frequência de estereopsia de 20”-63” (p=0,02).

Conclusão

Neste estudo, pacientes com ceratocone apresentaram maior frequência de estrabismo e comprometimento significativo da estereopsia. Deste modo, o conhecimento da binocularidade do paciente com ceratocone pode ser útil na decisão do tratamento clínico e/ou cirúrgico.

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6 a 9 de setembro | Fortaleza | Ceará | Brasil