Código
TL016
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade de São Paulo (USP)
Autores
- MARCELO MENDES LAVEZZO (Interesse Comercial: NÃO)
- Viviane Mayumi Sakata (Interesse Comercial: NÃO)
- Ever Ernesto Caso Rodriguez (Interesse Comercial: NÃO)
- Smairah Frutuoso Abdallah (Interesse Comercial: NÃO)
- Celso Morita (Interesse Comercial: NÃO)
- Maria Kiyoko Oyamada (Interesse Comercial: NÃO)
- Carlos Eduardo Hirata (Interesse Comercial: NÃO)
- Joyce Hisae Yamamoto (Interesse Comercial: NÃO)
Título
IMPACTO ELETRORRETINOGRAFICO DA ATIVIDADE SUBCLINICA DE COROIDE NA DOENÇA DE VOGT-KOYANAGI-HARADA DA FASE AGUDA AOS 24 MESES
Objetivo
Avaliar o impacto funcional medido pelo eletrorretinograma de campo total (ERGct) da inflamação subclínica observada nas angiografias com fluoresceína sódica (AGF) e com indocianina verde (AIV) em pacientes com doença de Vogt-Koyanagi-Harada (DVKH) num seguimento de 24 meses desde a fase aguda.
Método
Estudo prospectivo com inclusão de pacientes com DVKH desde a fase aguda com seguimento mínimo de 24m. Todos pacientes foram tratados com pulsoterapia com metilprednisolona (1g/d por 3d), seguido de prednisona via oral (1mg/kg/d), com redução lenta durante 12-15m, associado ou não a imunossupressores. Os pacientes foram avaliados, a cada 3m, pelas AGF e AIV e, a cada 6m, pelo ERGct. Alterações avaliadas na AGF foram extravasamento do disco óptico e/ou perivascular (EP) e edema macular e, na AIV, presença de dark dots (DD). Estes foram semi-quantificados (modificado de Tugal-Tutkun, 2010) em: numerosos/esparsos e polo posterior/4 quadrantes. Análise de clusters dos parâmetros do ERGct visualizou 2 grupos: função estável ou com deterioração. Feito análise de possíveis correlações entre estes 2 grupos e parâmetros clínicos e os sinais angiográficos descritos acima. Estatística descritiva e o teste de qui-quadrado foram utilizados para a análise dos dados.
Resultado
Foram incluídos 12 pacientes (10 mulheres), com idade mediana ao diagnóstico de 31 anos e tempo mediano do início dos sintomas até o tratamento de 19 dias. A análise de clusters do ERGct aos 24m demonstrou que 16 olhos (67%) apresentaram piora funcional. A piora funcional teve correlação com maior flutuação dos DD à AIV (p<0,01) e presença de EP à AGF (p<0,06). Já o grupo com função eletrorretinográfica estável apresentou mais episódios de células na câmara anterior (p<0,02).
Conclusão
Piora funcional pelo ERGct em pacientes com seguimento de 24m está relacionado com presença de atividade subclínica de coroide, detectada pela flutuação dos DD e EP. Desse modo, maior atenção deve ser dada a estes sinais no planejamento terapêutico.