Código
P095
Área Técnica
Oftalmopediatria
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Altino Ventura
Autores
- CAMILA VIEIRA OLIVEIRA CARVALHO VENTURA (Interesse Comercial: NÃO)
- Liana O Ventura (Interesse Comercial: NÃO)
- Linda Lawrence (Interesse Comercial: NÃO)
- Adriana L Gois (Interesse Comercial: NÃO)
- Eveline A Barros (Interesse Comercial: NÃO)
- Natalia C Dias (Interesse Comercial: NÃO)
- Marilyn Miller (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DEFICIENCIA VISUAL EM PACIENTES COM SINDROME CONGENITA DO ZIKA VIRUS
Objetivo
Avaliar a deficiência visual em pacientes diagnosticados com a síndrome congênita do Zika vírus (SCZ).
Método
Este estudo transversal incluiu crianças nascidas com microcefalia em Pernambuco, Brasil, entre maio e dezembro de 2015. Todos os pacientes tiveram confirmação da infecção pelo Zika vírus através do ensaio de imunoabsorção enzimática de captura de anticorpos IgM (MAC-ELISA) realizado em amostra de líquido cefalorraquidiano (LCR). As demais infecções congênitas (Toxoplasmose, Rubéola, Sífilis, Citomegalovírus e vírus da Imunodeficiência Humana) foram negativas nesta amostra. Os pacientes foram submetidos a um exame oftalmológico detalhado incluindo a avaliação da acuidade visual e da função visual, além do exame neurológico e de neuroimagem.
Resultado
Dos 32 pacientes (média da idade ao exame 5,7 ± 0,9 meses [4,5 - 7,4 meses) incluídos neste estudo, 18 eram do sexo masculino (56,3%). A função visual de um paciente (3,1%) não pôde ser avaliada. Deficiência visual, incluindo a não realização de marcos esperados para a idade, foi detectada em 30 dos 31 bebês (96,8%). Achados oculares foram detectados em 14 bebês (43,8%). Todos os pacientes (100%) apresentaram alterações neurológicas e de neuroimagem. Todos os bebês apresentaram microcefalia ao exame neurológico sendo que quatro (12,5%) não apresentarem microcefalia ao nascimento.
Conclusão
Mesmo não apresentando lesões oculares ao exame, crianças com a SCZ demonstraram deficiência visual importante. Conclui-se então, que o comprometimento cortical é o principal responsável por este achado.