Código
P028
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UNICAMP
- Secundaria: UNILUS
Autores
- JULIA SILVESTRE DE CASTRO (Interesse Comercial: NÃO)
- Iara Borin Selegatto (Interesse Comercial: NÃO)
- Rosane Silvestre Castro (Interesse Comercial: NÃO)
- Eliana C M Miranda (Interesse Comercial: NÃO)
- José Paulo Cabral Vasconcelos (Interesse Comercial: NÃO)
- Keila Monteiro de Carvalho (Interesse Comercial: NÃO)
- Carlos Eduardo Arieta (Interesse Comercial: NÃO)
- Monica Alves (Interesse Comercial: NÃO)
Título
EPIDEMIOLOGIA DE OLHO SECO NA POPULAÇAO BRASILEIRA
Objetivo
avaliar a prevalência de Olho Seco (OS) e investigar os fatores de risco associados na população brasileira através da aplicação de um questionário elaborado para quantificar e questões complementares sobre fatores de risco.
Método
estudo populacional transversal realizado nas 5 diferentes macrorregiões geopolíticas do país. Um questionário sobre sintomas de OS foi traduzido para a língua portuguesa, validado em um estudo piloto prévio e utilizado para a avaliação de OS, dados demográficos e informações de fatores de risco dos 3.107 participantes. OS foi determinado por relato de diagnóstico clínico prévio ou pela presença de sintomas graves de olho seco e irritação ocular.
Resultado
A prevalência global de OS neste estudo populacional foi 12,8% dos 3.107 participantes. Diagnóstico prévio de OS foi reportado por 10,2% e a presença de sintomas graves em 4,9%. Análise de regressão logística confirmou alguns fatores de risco significativamente conhecidos, como sexo feminino (OR 1.74; 95% CI 1.12-1.93), idade >=60 anos (OR 2.00; 95%CI 1.44-2.77), cirurgia ocular prévia (OR 1.84; 95%CI 1.30-2.60), uso de lentes de contato (OR 1.93; 95%CI 1.36-2.73), quimioterapia (OR 3.03; 95%CI 1.36-6.59), uso de computador por >6 horas por dia (OR 1.77; 95%CI 1.36-2.31), uso de antidepressivos (OR 1.61; 95%CI 1.12-2.31) e uso de antialérgicos (OR 2.11; 95%CI 1.54-2.89). No entanto, ao estratificar por regiões, algumas apresentaram seus próprios fatores de risco, inerentes possivelmente à características regionais.
Conclusão
este foi o primeiro estudo populacional sobre OS da América Latina. OS é uma condição comum na população brasileira e a incidência varia consideravelmente nas diferentes macrorregiões do país. Sexo feminino, idade >=60 anos, cirurgia ocular, uso de lentes de contato, quimioterapia, uso de computador >6 horas por dia e uso de alguns medicamentos foram confirmados como potenciais fatores de risco para OS.