Sessão de Encontro com o Autor – Tema Livre


Código

P126

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Autores

  • ALLAN SANT`ANNA DE FIGUEIREDO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Farley Celso Antunes (Interesse Comercial: NÃO)
  • Laura Alves Valle (Interesse Comercial: NÃO)
  • Marina Bernardes Leão (Interesse Comercial: NÃO)
  • Tábata Marques Gontijo (Interesse Comercial: NÃO)
  • Danuza de Oliveira Machado Azevedo (Interesse Comercial: NÃO)
  • Daniel Vitor de Vasconcelos Santos (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PERFIL CLINICO E EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES COM NECROSE RETINIANA AGUDA ATENDIDOS EM SERVIÇO DE REFERENCIA

Objetivo

Descrever as principais características clínicas e epidemiológicas de uma coorte de pacientes com necrose retiniana aguda (NRA).

Método

Estudo retrospectivo longitudinal dos pacientes com diagnóstico clínico de NRA admitidos pelo Setor de Uveítes do Hospital São Geraldo / HC-UFMG e tratados com antiviral endovenoso entre 2000 e 2016. Os dados foram coletados dos prontuários em formulário específico, armazenados em banco de dados e analisados pelo software estatístico Minitab.

Resultado

Foram incluídos 40 pacientes com NRA, que foi unilateral em 82,5%. Houve discreto predomínio do sexo feminino (51,2%) e a idade variou de 13 a 84 anos (média: 43,3). Coinfecção pelo HIV ocorreu em 11,5%. As principais queixas à admissão foram piora da visão (82,5%), hiperemia (35%) e dor ocular (30%). De acordo com a classificação de Holland, os focos de retinite necrosante foram encontrados apenas zona III (do equador à ora serrata) em 50% dos casos e se estendiam até a zona I (próxima à fóvea e ao disco) em 28,95%. A acuidade visual (AV) inicial nos olhos acometidos foi ≤ 20/400 em 46,88%, entre 20/200 e 20/60 em 28,12% e ≥ 20/40 em 25%. A AV final foi ≤ 20/400 em 56,52%, entre 20/200 e 20/60 em 17,39% e ≥ 20/40 em 26,09%. O tempo médio de acompanhamento foi 122,4 meses (mediana: 42,86). A principal complicação foi descolamento retiniano (31,7%).

Conclusão

O perfil dos casos de NRA estudados é similar ao da literatura. Mais da metade dos pacientes foram admitidos em estágio avançado da doença e, a despeito do tratamento, muitos evoluíram com piora da visão. Ressalta-se a importância de minucioso exame da periferia retinana de todos os pacientes com reação de câmara anterior e vitreíte para diagnóstico mais precoce.

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