Título

CORIORRETINOPATIA HEMORRÁGICA EXSUDATIVA PERIFÉRICA: RELATO DE CASO

Objetivo

Apresentar um caso de Coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica (CHEP) e seu diagnóstico diferencial com Melanoma de Coroide.

Relato do Caso

M.Z.M.P, 79 anos, feminina, leucodérmica, residente em Teresina-Pi. Atendida em maio de 2016 com queixa de moscas volantes. Chegou ao serviço de retina do Hospital Getúlio Vargas em Teresina-PI com diagnóstico de Melanoma de Coroide. Realizou-se exame oftalmológico com acuidade visual em ambos os olho (AO): 20/20; biomicroscopia AO: pseudofacia, lente intraocular tópica, atrofia iriana no olho direito (OD) de X às XII horas; tonometria AO: 14mmHg. Retinografia AO: lesão protrusa em quadrante temporal inferior (QTI), de coloração enegrecida, com 4 diâmetros de papila (DP) no OD e 6 DP no olho esquerdo (OE), com presença de grande quantidade de exsudatos duros perilesionais. Foi realizado ultrassonografia ocular demonstrando AO: lesão protrusa em QTI (OD: 2,0mm de espessura e 6,0mm de diâmetro/ OE: 3,6mm de espessura e 8,9mm de diâmetro), ausência de ângulo Kappa e de escavação de coroide. Angiofluoresceinografia AO: regiões em periferia temporal com hiperfluorescência com extravasamento tardio de contraste (por vasos anormais similares a pólipos), regiões de hipofluorescência por bloqueio (correspondente a áreas de hemorragias e exsudatos) e ausência de indícios de dupla circulação. Com isso, diante dos exames complementares e características epidemiológicas, a principal hipótese diagnóstica foi de CHEP, foi realizado fotocoagulação nas área das malformações vasculares periféricas, precedida por uma aplicação de bevacizumab em cada olho, sendo a paciente acompanhada há cerca de 11 meses, permanecendo o quadro clínico estável.

Conclusão

A Coriorretinopatia hemorrágica exsudativa periférica, um processo degenerativo hemorrágico retiniano, é uma das principais causas de pseudomelanona de coroide.